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sábado, 15 de maio de 2010

2010 - Ano Internacional da Biodiversidade

22 de maio de 2010
O termo biodiversidade - ou diversidade biológica - descreve a riqueza e a variedade do mundo natural. As plantas, os animais e os microrganismos fornecem alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumida pelo ser humano.
Para entender o que é a biodiversidade, devemos considerar o termo em dois níveis diferentes: todas as formas de vida, assim como os genes contidos em cada indivíduo, e as inter-relações, ou ecossistemas, na qual a existência de uma espécie afeta diretamente muitas outras.
A diversidade biológica está presente em todo lugar: no meio dos desertos, nas tundras congeladas ou nas fontes de água sulfurosas.
A diversidade genética possibilitou a adaptação da vida nos mais diversos pontos do planeta. As plantas, por exemplo, estão na base dos ecossistemas.

Como elas florescem com mais intensidade nas áreas úmidas e quentes, a maior diversidade é detectada nos trópicos, como é o caso da Amazônia e sua excepcional vegetação.
Não se sabe quantas espécies vegetais e animais existem no mundo. As estimativas variam entre 10 e 50 milhões, mas até agora os cientistas classificaram e deram nome a somente 1,5 milhão de espécies.

Entre os especialistas, o Brasil é considerado o país da "megadiversidade": aproximadamente 20% das espécies conhecidas no mundo estão aqui. É bastante divulgado, por exemplo, o potencial terapêutico das plantas da Amazônia.


A poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da fronteira agrícola em detrimento dos habitats naturais, a expansão urbana e industrial, tudo isso está levando muitas espécies vegetais e animais à extinção.
A cada ano, aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta tropical são desmatados. As estimativas sugerem que, se isso continuar, entre 5% e 10% das espécies que habitam as florestas tropicais poderão estar extintas dentro dos próximos 30 anos.
A sociedade moderna - particularmente os países ricos - desperdiça grande quantidade de recursos naturais. A elevada produção e uso de papel, por exemplo, é uma ameaça constante às florestas.
A exploração excessiva de algumas espécies também pode causar a sua completa extinção. Por causa do uso medicinal de chifres de rinocerontes em Sumatra e em Java, por exemplo, o animal foi caçado até o limiar da extinção.
A poluição é outra grave ameaça à biodiversidade do planeta. Na Suécia, a poluição e a acidez das águas impede a sobrevivência de peixes e plantas em quatro mil lagos do país.
A introdução de espécies animais e vegetais em diferentes ecossistemas também pode ser prejudicial, pois acaba colocando em risco a biodiversidade de toda uma área, região ou país.
Um caso bem conhecido é o da importação do sapo cururu pelo governo da Austrália, com objetivo de controlar uma peste nas plantações de cana-de-açúcar no nordeste do país.
O animal revelou-se um predador voraz dos répteis e anfíbios da região, tornando-se um problema a mais para os produtores, e não uma solução.

Iniciativa Verde/calculadora - emissão de gases para atmosfera

http://www.iniciativaverde.org.br/pt/calculadora

Barreira de cabelo é usada contra óleo no Golfo do México

Aparato consegue absorver o líquido do vazamento; 181 toneladas de cabelo estão sendo direcionadas para o desastre

por Redação Galileu


Parte da solução para conter o desastre ambiental após o derramamento de óleo no Golfo do México está os salões de beleza. Os cabelos (e podem ser aqueles que vão para o lixo na barbearia) têm a propriedade de absorver com bastante eficiência o óleo – o que explica porque seu fica oleoso tão facilmente. Junto com compostos de plástico, eles estão sendo usados em barreiras no mar para tentar conter o vazamento.

A empresa Matter of Trust, em São Francisco, já produz esse barreiras com sacos de nylon preenchidos com cabelos humanos e pelos de animais. “Os cabelos agarram o óleo nas ondas e fazem com que elas saiam limpas, afirma Lisa Gautier, co-fundadora da empresa, à rádio pública norte-americana National Public Radio.

De acordo com Lisa, todo o estoque de cabelo da empresa, 181 toneladas, está sendo direcionado para a limpeza do Golfo do México. Vários salões de beleza estão doando seu lixo para a fabricante conseguir atender à demanda. O problema de escassez, agora, é com o nylon, já não tão na moda como antes. Por sorte, em São Francisco, a comunidade travesti ainda faz uso do material, e também está ajudando com doações.


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Este conteúdo foi publicado em 10/05/2010 do sítio Revista Galileu. Todas as modificações posteriores são de responsabilidade do autor original da matéria.