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domingo, 25 de julho de 2010

Plantas Carnívoras

                                                         
Elas são estranhas, porque se contrapõem a regra da natureza. As plantas carnívoras contra atacam, devoram insetos e pequenos vertebrados. São consideras por alguns verdadeira anomalia botânica. Mostram notáveis artimanhas adaptativas que as tornaram verdadeiras especialistas na sobrevivência em alguns solos antes inexplorados por vegetais. São, de fato, uma grande conquista do reino vegetal. São poucas as que realmente comem carne de animais, em especial elas preferem pequenos insetos como moscas, besouros, aranhas, formigas, mas em condições de extrema escassez de alimentos ou até mesmo por descuido de alguns animais, umas poucas espécies atacam pequenos mamíferos, aves e repteis. Mas por que fazem isto?
Resposta: Essas plantas apresentam enzimas digestivas capazes de extrair compostos nitrogenados do animal, pois em geral habitam solos pobres em nitrogênio que é essencial para suas atividades metabólicas normais, como a síntese de clorofila. As proteínas obtidas da digestão de carne animal funcionam, em geral, como complemento alimentar. No entanto, todas realizam fotossíntese, sendo assim, também produzem seu próprio alimento.
Para capturarem suas presas essas plantas apresentam diveras adaptações, algumas até mesmo bizarras: produzem líquidos grudentos, apresentam espinhos, formam barris d’agua com líquidos digestivos e paredes viscosas, imitam a forma de outros insetos, exalam odores para atrair moscas abelhas e besouros, e até mesmo possuem alguns tipos de “presas” que se fecham automaticamente.
Em romances antigos e em filmes ambientados nas misteriosas selvas tropicais, plantas carnívoras são representadas como seres monstruosos que ameaçam devorar as mocinhas indefesas, até serem implacavelmente retalhadas por caçadores com seus facões e espingardas. As apavorantes cenas desses filmes não passam de ficção. Ainda bem!

                                           Perigosas? Só pro Super-Mario! (Foto:Shirt.Woot)

Algumas curiosidades:
•Foram descobertas no século XVIII, pelo botânico inglês John Ellis quando o mesmo se deparou com estranha forma das folhas de Dionaea.
•As “presas” presentes em algumas espécies (Dionaea muscipula, por exemplo) são folhas modificadas.
•A maior espécie do mundo é: Nephentes rajah.
•Maior parte delas são hermafroditas e se reproduzem por sementes.
•Drosophyllum lusitanicum apresenta numerosos pêlos grudentos no corpo capaz de prender de uma vez vários insetos.
•Algumas sementes, (como a Capsella bursapastoris), são capazes atrair, matar e digerir larvas de mosquito e protozoários. Isto favorece na geminação.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cientistas britânicos garantem: a galinha veio primeiro que o ovo

Cientistas britânicos anunciaram ter esclarecido um dos grandes dilemas da humanidade. Afinal, quem veio primeiro: o ovo ou a galinha?
Não há um que não tenha ouvido essa pergunta. Há muitos que deram a mesma resposta.
"Não sei", sempre dizem. É uma questão que intriga a todos. E a prova de quem surgiu primeiro só pode vir da ciência. Há tempos, é verdade, os cientistas tentam encontrar a tal resposta. Charles Darwin e seus discípulos dizem que ocorreu um processo evolutivo, do qual seres vivos que nasceram em ovos se transformaram em aves, entre eles, a galinha.
Mas, agora, os pesquisadores de duas universidades inglesas - a Warwick e a Sheffield - dizem que a galinha veio antes do ovo.
Com a ajuda de um supercomputador, eles conseguiram mostrar como uma proteína da galinha, a ovocleidina-17, quando unida a outro elemento, o carbonato de cálcio, dá origem a um núcleo de pequenos cristais.
Esses cristais podem seguir crescendo por conta própria, formando, de um dia para o outro, a casca de um ovo. O grande feito dos cientistas foi ter criado simulações de um processo que só ocorre dentro do organismo da ave - e aí, segundo eles, está a prova de que a galinha veio primeiro.
Entender como as galinhas produzem os ovos, além de responder a tal intrigante pergunta, pode dar pistas para o desenvolvimento de novos materiais rígidos e resistentes, dizem os cientistas. Mas faltou eles acabarem todas as dúvidas. E mostrar como, então, apareceu a primeira galinha.

Edição do dia 14/07/2010
15/07/2010 00h21 - Atualizado em 15/07/2010 00h29

domingo, 18 de julho de 2010

Senado aprova PNRS: Lixo agora é problema de todos

O Senado aprovou nesta quarta-feira, dia 7, a lei que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos, encerrando uma novela que já durou 21 anos no Legislativo. Trata-se de um marco histórico na área ambiental, capaz de mudar em curto tempo a maneira como poder público, empresas e consumidores lidam com a questão do lixo. Entre as novidades, a nova lei obriga a logística reversa -- o retorno de embalagens e outros materiais à produção industrial após consumo e descarte pela população.
As regras seguem o princípio de responsabilidade compartilhada entre os diferentes elos dessa cadeia, desde as fábricas até o destino final. Os municípios, por exemplo, ganham obrigações no sentido de banir lixões e implantar sistemas para a coleta de materiais recicláveis nas residências. Hoje, apenas 7% das prefeituras prestam o serviço.
“A lei consagra no Brasil o viés social da reciclagem, ao reforçar o papel das cooperativas de catadores como agentes da gestão do lixo, com acesso a apoio financeiro, podendo também fazer a coleta seletiva nos domicílios”, destaca Victor Bicca, presidente do Cempre - Compromisso Empresarial para Reciclagem. Existem no país cerca de 1 milhão de catadores, em sua maioria autônomos, que trabalham em condições precárias e sob exploração de atravessadores.
Empresas que já adotam práticas em favor da reciclagem, dentro do conceito de sustentabilidade, terão maior campo para expansão. “A partir de regras claras”, diz Bicca, “a reciclagem finalmente avançará no país, sem os entraves que a inibiam, apesar dos avanços na última década por conta do dilema ambiental”. E ele acrescenta: “Sem um marco regulatório nacional, a gestão do lixo estava ao sabor de leis estaduais que variam de região para região e, em alguns casos, impõem taxação e metas para a recuperação de embalagens após o consumo”. O empresário lembra que, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o país perde R$ 8 bilhões por ano ao enterrar o lixo reciclável, sem contar os prejuízos ambientais.
“O atraso da lei gerou danos ambientais significativos, a exemplo da multiplicação de lixões, que neste ano resultou em mortes nas encostas de Niterói durante as chuvas de verão, além do despejo de resíduos em cursos de água”, afirma o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), responsável pela versão final do projeto na Câmara dos Deputados, onde recebeu mais de cem emendas. “Não foi um tempo jogado fora, porque nesse período a consciência da sociedade despertou para o problema e conseguimos maior convergência de posições”, ressalva o deputado.
Desde fevereiro, a lei aguardava votação no Senado, com apoio do governo federal, consenso entre diferentes setores envolvidos no debate e acordo de lideranças partidárias para acelerar o processo. Nesta quarta-feira, em sessão conjunta das comissões de Cidadania e Justiça, Assuntos Sociais, Assuntos Econômicos e Meio Ambiente, o projeto recebeu os últimos ajustes e foi levado ao Plenário, contendo 58 artigos em 43 páginas. Foi aprovada pouco depois das 21h.
Após a assinatura do Presidente da República, a lei voltará ao Legislativo para a regulamentação, definindo itens ainda pendentes, como incentivos financeiros e regras específicas para a logística reversa, que serão estipuladas mediante acordos entre os setores industriais.
Fonte: Planeta sustentável  - 07/07/2010.